Aporta, finalmente na capital da província a expedição científica, chefiada pelo barão Jorge Henrique de Langsdorff, cônsul da Rússia no Rio de Janeiro, incumbida de efetuar exploração em Mato Grosso e Amazônia, patrocinada pelo czar Alexandre I.
A comissão organizada no Rio de Janeiro pelo barão Langsdorff, compunha-se também do botânico Luis Riedel, do oficial da marinha russa Rubzoff, astrônomo de nomeada, do zoólogo Cristiniano Hasse e do reputado pintor Maurício Rugendas. Tendo este à última hora desistido de acompanhar a expedição, foi substituído por Adriano Taunay. Como segundo desenhista figura Hercules Florence.
A 3 de setembro de 1825 embarcaram no Rio de Janeiro com destino a Santos, e só em 1826 iniciaram deveras a viagem pelo rio Tietê abaixo, e subindo pelo rio Pardo, transposto Camapuã, desceram pelo Coxim e pelo Taquari até o rio Paraguai. Após curta demora em Albuquerque a expedição retomava o Paraguai, águas acima e os rios São Lourenço e Cuiabá, em que chegou depois de sete meses e meio de viagem, vencendo 530 léguas e 114 cachoeiras.
Na capital da província foi a comissão recebida dignamente pelo presidente, major de engenheiros José Saturnino da Costa Pereira.
FONTE: Estevão de Mendonça, Datas Matogrossenses, (2ª edição) Governo de Mato Grosso, Cuiabá, 1973, página 347
FOTO: Desenho de Hercules Florence, integrante da Expedição Langsdorff.