Rio da Casca – Chegada de Maia e Guida

 

“A primeira usina foi inaugurada em 1928, foi a primeira do estado a ser construída. A segunda chegou em 1954, e a terceira em 1970. A comunidade foi construída em torno delas, pelos trabalhadores que vieram e por outros que prestavam serviço a esses trabalhadores, e as fazendas da região”, conta Djalma Mascarenhas, morador do local.

“Hoje, no entanto, a primeira usina deixou de funcionar, e as outras duas passaram ao controle de empresas multinacionais. Até pela tecnologia, com a automatizações dos processos  diminuiu muito o número de funcionários”, lamenta. Atualmente, conta Djalma, os moradores vivem de pequenos artesanatos e de serviços para as fazendas vizinhas. No entanto, padecem no esquecimento. “Rio da Casca que tem um potencial turístico muito forte, mas foi esquecida pelo poder público. Em 2009 o governo tombou a Usina I e desde então ela está abandonada. O Chalé do governador, as cachoeiras, tudo isso poderia ser explorado”.

A esperança, agora, é que o Santuário de Elefantes chame a atenção da mídia e dos turistas para o local. Apesar de ser fechado para o público – principalmente porque os animais foram levados para lá para ter paz e esquecer os anos de tormenta que viveram ao lado dos humanos – a movimentação pode aumentar nos pontos turísticos do local. Nesta semana, por exemplo, já foi inaugurado o primeiro Hostel da comunidade, “Sombra da Tarde”, com o objetivo de abrigar biólogos, estudantes, jornalistas e documentaristas que eventualmente possam vir ao local.